01 fevereiro, 2012

STF decidindo o futuro do CNJ

Tente se imaginar trabalhando em uma empresa chamada República Federativa do Brasil. Imagine que seu cargo (juiz) seja o de julgar as pessoas que fazem coisas erradas dentro desta empresa.
De vez em sempre, vem alguém que vai ser julgado por você e te oferece dinheiro em troca de uma sentença favorável a ele. Assim você ganha, o acusado ganha mas a empresa perde e perde muito já que assim mais e mais pessoas vão fazendo coisas erradas e ficando sem punição.
Agora pense que, derrepente aparece um novo setor dentro da empresa, chamado CNJ, encarregado de fiscalizar você e seus colegas. Este setor começa a achar muita coisa feita de forma errada, começa a detectar que você e seus colegas receberam privilégios para livrar muita gente ruim de punição. Logo seus colegas se revoltam e, é claro, tentam de todas as formas acabar com este novo setor da empresa que esta dedurando toda a "tramóia" que existia antes e para a sua sorte, um de seus chefes que trabalha no STF, órgão que esta acima do seu setor, resolve acabar com as atividades do CNJ para que assim você e seus colegas se sintam mais tranquilos.
É exatamente isso que esta acontecendo em Brasília. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que vinha investigando e encontrando muita coisa errada feita pelos nossos ilustres juízes e funcionários do poder judiciário esta ameaçado de ter definitivamente seus poderes extintos já que muitos juízes se sentem "ameaçados" pelos trabalhos realizados pelo órgão corregedor. Infelizmente a Associação de Magistrados do Brasil, AMB, defende com unhas e dentes que o CNJ deixe de existir ou que tenha seus poderes diminuídos. Não dá para entender muito bem qual a justificativa já que o CNJ investiga suspeitas de corrupção, mas a verdade é que o judiciário esta muito incomodado com as constantes descobertas de atividades ilegais praticadas por quem até então era intocado pela lei e este sentimento de que poderiam ser denunciados da mesma forma que fazem com todos os brasileiros comuns deve ter incomodado demais nossos juízes e desembargadores.
O mais triste é que no caso de o STF decidir que o CNJ tenha seus poderes diminuídos, não vai adiantar muito esperar que os políticos eleitos pelo povo façam algo que devolva os poderes ao CNJ já que, infelizmente, o judiciário sempre tem livrado a cara de muitos políticos na hora de julgar ações de corrupção, validade da Lei da Ficha Limpa ou mesmo crimes cometidos por políticos.
Só podemos torcer para que ocorra algum milagre para que os ministros honestos (ou seria 'menos corruptos') consigam manter o CNJ funcionando...

Vamos esperar para ver... =/