29 dezembro, 2005

Suma 2005!!!

Abaixo não estão nem ¼ dos fatos que marcaram meu ano. Mas tem alguns e dá para ter uma noção de como 2005 foi para mim.

Na Rua Dois:

O primeiro destaque é a malandragem. Sempre coloquei a mão no fogo por TODOS os que andavam com a gente lá na rua mas infelizmente não posso mais fazer isso. São poucos os de confiança plena. Hoje muitos tem medo de polícia, rabo preso com alguma coisa ou briga com alguém da própria rua. Muito triste isso!

Outras coisas também marcaram a rua. O acidente que o Bola sofreu, logo na madrugada do dia 1 de janeiro de 2005 já estava avisando: O ano seria das quedas de moto. Mas como alguém poderia imaginar, já que na virada do ano era justamente o Bola o único que tinha moto.

O Thiago comprou a carta de crédito do Lenon e garantiu a Twister. Depois veio o Lenon com sua 150, eu com a Tornado, o Juninho com a CG 125 que ele acabou passando para o seu irmão, Diego, ficando depois com uma YBR que ele tem até hoje, o Carlão que comprou uma 150, o Renato cunhado do Guto que comprou uma Twister e o Guto com uma 150.

Em uma rua onde havia 2 motos (ia esquecendo da Crypton do Allan, mas ele vendeu rápido), agora haviam 8. Os acidentes não demoraram a vir. Quando o bola caiu na virada do ano ele havia se machucado um pouco.

O meu acidente, no dia 04 de novembro, iniciou uma verdadeira avalanche de noticia ruim lá na rua. Antes disso, apenas pequenos tombos, como o que o Lenon tomou na frente da casa dele, sem se machucar e a batida do Fernando em uma corrente, sem tombo, ainda bem.

Eu caí, fiquei hospitalizado e fui liberado, ainda bem! Mas logo em seguida o Lenon atropelou um cara não sei aonde e deixou esse cara bem machucado. O Daniel, que ninguém sabe se é ou não da rua seria a nona moto. Caiu umas duas vezes também, mas sem gravidade.

No dia 24 de dezembro, véspera de natal, o Diego esta vindo do trabalho e bate em um taxi. Passamos a virada de Natal dentro da Courier, comemorando por ele estar vivo sem nenhum machucado mais grave. Valeu a pena, pois quem vê a moto hoje não fala que o piloto poderia ter sobrevivido. Para se ter uma noção, a frente da moto dele esta totalmente destruída, dando a impressão da moto ter quebrado ao meio..

E nessa mesma noite, seu irmão ao cortar uma lombada, vê sua moto derrapar e vai de encontro ao chão, levando junto a mina que estava na garupa. Mais uma vez nada sério. A mãe deles deve ter gelado até a alma.

A menos que alguém resolva abusar na descida da serra agora no ano novo, ninguém da rua morreu em 2005. Só foram sustos que eu espero que sirvam para fazer essa galera andar mais esperta pois no menor vacilo, "é roça" como diz o Marcelo.

Na JB:

Acho meio desnecessário falar sobre a JB. A situação é delicada, me limito a falar só isso.

Muito delicada!!!

Na PUC:

Depois de um primeiro semestre complicadíssimo, no segundo eu fui tão bem que até me surpreendi. Mesmo estando ausente com o acidente da moto, consegui boas notas e aprendi muita, mas muita coisa. Espero que o primeiro semestre de 2006 seja tão bom quanto o segundo de 2005.

Em Casa / Família:

Sem mudanças em relação a 2004. Muitos problemas, muitas tristezas e muita alegria também. Nesse ano o grande Ruberval se foi e deixou muitas saudades.

Em casa, problemas e alegrias vão surgindo e sumindo... normal. Talvez com a morte do meu tio, tenha havido uma aproximação maior da família do meu pai. Todos demonstram muito mais atenção, carinho e afeto com os outros. Parece que a família esta mais unida.

Vida Sentimental:

Nunca foi tão complicada.

Nunca foi tão clara.

Sei lá, só sei que algo bom vem por aí. J

No final de tudo, eu digo que estou dando Graças a Deus desse ano ter acabado e botando muita fé que 2006 vai ser tão bom que eu vou me esquecer rapidinho de 2005. Se for para colocar em uma balança os fatos bons e ruins desse ano de 2005, o lado ruim vai pesar muito mais. Por isso eu torço para 2006 ser um ano excelente.

Espero que o Brasil melhore para que nossa vida melhore junto dele, que o pessoal lá da rua pare de cair de moto (inclusive eu). Tomara que o lado bom das coisas pese muito mais que o lado ruim. Que meus amigos parem de enxergar o lado sinistro da vida e voltem seus olhos novamente para o lado bom das coisas.

Quando o sol se por no dia 31 de dezembro de 2005, eu vou rezar e torcer muito para não cometer os mesmos erros de 2005 e que 2006 seja muito mais alegria que tristeza.

2006, seja bem vindo!!!

26 dezembro, 2005

A Velha do Inferno!!!


Imagine uma rua, como qualquer outra onde existe um bando de 15, 18 rapazes com idade entre 18 e 26 anos, do qual eu faço parte, um grupo de garotas de até 22 anos, a molecada que vive zoando tudo, as velhas fofoqueiras que sempre estão na calçada tratando da vida dos outros, uma igreja de crente, pessoas mais discretas que mal põe a cara para fora e uma mulher que odeia todo mundo. Seria mais uma rua comum nesse Brasil. Mas essa é especial, pois é a minha rua.

Essa mulher que odeia todo mundo e que acha que todo mundo odeia ela recebeu o apelido carinhoso de Velha do Inferno, apelido que foi dado por mim. Ela recebeu esse apelido porque sempre mandava qualquer um que pisasse na sua calçada ou que simplesmente olhasse para ela para o inferno.

Essa mulher mora na rua, tem uns 19 anos e nesse tempo ela sempre teve um ódio especial por mim. Talvez porque ela saiba que quem deu esse apelido carinhoso para ela fui eu. Talvez por isso ela também adore me xingar e me provocar na rua, usando termos que vão desde xingar de qualquer coisa até termos racistas. Eu sempre procurei ignorar porque tá na cara que ela tem, como dizem lá na rua, "problema na cabeça"

Pois em um desses dias de outubro, o mês que mudou minha vida, a coisa passou de um simples bate boca e foi para agressão física quando ela saiu nos tapas com uma vizinha. Depois de um tempo de calma, ela volta a agredir outras pessoas, mas dessa vez a distância, lançando pedras contra os motociclistas da rua (eu e + 8 do nosso grupo) e aí o bixo pegou, pois respondemos a altura, xingando ela. Eu até então conseguia manter a política de ignorar, mas ela lançava pedras sem ver quem estava na rua. Quase acerta duas meninas que não tinham nada com o assunto, acertaram pedras na casa de um vizinho muito gente boa e a coisa não ficaria assim.

Ela jogou dezenas de pedras. A única que um do nosso grupo jogou na casa dela quebrou uma telha e ela correu para dentro. Muito bom, ela não faz mais isso e tudo fica em paz.

Algum tempo se passa e no dia 22, quinta feira, eu estava na calçada junto com dois amigos conversando normalmente, como sempre acontece. Eram umas 22:30 e quando eu viro o rosto para ver quem estava passando na rua, era quem? A VELHA DO INFERNO!!!!!!

Eu virei o rosto na hora porque sabia que no mínimo ela teria um ataque de nervos se eu a encarasse. E ela passa resmungando "infeliz!!! maldito!!! idiota!!!".

Mas um amigo meu não agüenta e fala na hora "Infeliz o que véia? Vaza daqui vai!!!"

Essa mulher se vira e vem tirar satisfação com ele e ali eu vi a chance de finalmente falar umas coisas que estavam entaladas na garganta. Interrompi meu amigo, que estava debatendo com ela e já falei logo: "Durante esses 19 anos que a senhora mora aqui, quantas vezes eu dirigi a palavra a senhora?"

Ela ficou quieta, disse que de fato eu nunca havia falado com ela... Então eu avisei que aquela seria a primeira e que se ela entendesse bem o que eu iria dizer, seria também a ultima.

Em primeiro lugar, disse a ela que tinha testemunhas de que ela usava termos racistas contra mim. Ela adorava me chamar de macaco, preto desgraçado e outros termos. Falei que isso iria render muitos problemas para ela se ela continuasse com aquilo. Ela ficou pálida, percebi suas mãos tremendo e foi ali que eu vi finalmente a Dona Cida com medo de alguém.

Mas meu objetivo não era deixa-la com medo. Eu simplesmente queria que ela me deixasse em paz, parasse com aqueles ataques gratuitos. Depois de usar esse "psicológico" nela e perceber que ela estava com um certo medo, comecei a tentar convence-la de que ficar xingando os outros não iria adiantar em nada, que ela deveria aprender a ignorar certas coisas e viver a vida dela.

Daí ela começa a se fazer de vítima, dizendo ter muitos problemas, ser muito sozinha e outras coisas. Oras, se eu fosse jogar uma pedra em alguém por cada problema que tenho estaria com o braço cansado já.

No fim, ela disse que vai mudar seu comportamento (duvido), pediu desculpas e disse que nada daquilo iria se repetir. Assim espero.

Mas que foi bom ter visto ela com medo isso foi. Nunca vi aquela mulher colocar o rabinho entre as patas para ninguém. Já vi ela correndo atras do marido no meio da rua para espanca-lo. Incrível como usando tom de voz baixo eu tenha conseguido pelo menos por uns instantes domar a Velha do Inferno.

Mas eu to ligeiro porque isso pode ter sido uma farsa dela... As vezes ela já esta preparando o contra-ataque e eu vou estar esperto.

Que venha!

...


Tô voltando....

02 dezembro, 2005

Nossa!

que silêncio...
tá tudo tão parado que até juntou pó.
cheiro de mofo, tudo abandonado...
que coisa, não?